Aventuras Cotidianas

Pisquei e já estamos em março. Não lembro bem em qual fase mental eu estava no último post, mas eu já estava me cobrando há um tempo que eu devia escrever aqui.

Falando em cobrança e também para tornar meu post útil, vou começar falando sobre a diferença no mercado de trabalho do Brasil e da Nova Zelândia.

Longe de mim comparar países, mesmo o Brasil sendo melhor, a gente se acostuma com o dia a dia.

A diferença está nos detalhes; o choque cultural vem das pequenas coisas.

No Brasil, eu era CLT, e acho que passei por todas as fases: ônibus lotado, acordar cedo, marmita, trânsito, eu sei bem do que estou falando.

Aqui na Nova Zelândia, não existe uma CLT; existem algumas regras que a empresa segue, mas não é nem parecido com a CLT; tudo é na base do contrato. Se seu visto é como o meu, então tem gente que só recebe o salário.

O trabalho aqui começa cedo. Não sei porque kiwis acordam junto com o sol e dormem com o por do sol também, o que já é um choque para a gente. Kiwis são mais vagabundos; como o salário mínimo é suficiente para você sobreviver (não se compara com a sobrevivência de um brasileiro médio), eles trabalham menos horas, alguns não se importam em estudar ou trabalhar em suas áreas de atuação.

Esta semana, eu estava em parafuso por achar que não estava produzindo no trabalho. Fiz uma análise interna e percebi que, na verdade, eu estava em um ritmo que não condiz com o ritmo daqui. Eu estava acostumada com cobrança e burnout. Chega aqui, eu falo com meu chefe uma vez na semana e só. Aí, acabo sentindo tudo muito solto, o que me dá ansiedade, porque parece que o trabalho não flui e eu não estou fazendo nada.

Só lembrando que isso é a minha vivência; cada experiência é diferente.

Hoje, meu visto me permite ficar até o dia 01/11/2024 na Nova Zelândia. Após isso, eu preciso de um novo visto, como está meio longe, eu, por enquanto, não estou pensando nisso e foco mais no urgente, porque a vida do imigrante é só apagar incêndio.

Abrindo espaço para outro assunto, conversando com minha amiga recentemente, eu percebi que nós, com mais de 30 anos, estamos ficando low profile, kkkkkk. Eu acho que de 0 a 100, eu sempre fui 70%. Eu costumava expor mais; conforme fui envelhecendo, eu fui ficando cansada. Hoje em dia, posto bem menos; tem muitos lugares que eu vou e ou não posto nada ou, no máximo, uma foto.

E eu não sei bem o porquê dessa mudança de comportamento.

Agora, mudando novamente de pato pra ganso, teremos, no dia 13/03, o show do Ville, que eu já sonhei com ele 2 vezes esses últimos dias. Eu quero muito vê-lo na rua para pegar autógrafo e postar (e cheirar esse homem).

Eu cortei o cabelo/descolori novamente. Quem achou que eu não ia fazer isso, achou errado.

A @Camiclopes fez um remember no insta dela, relembrando os últimos anos dela e se analisando, e eu amei. Vou escrever o próximo post fazendo essa análise, que conversa bem com a Thalita mais recente.

Bjs