top of page

O fim de Nick Blaine em O conto da Aia

  • Foto do escritor: malumi
    malumi
  • há 7 horas
  • 3 min de leitura

Quando eu olho para trás e começo a lembrar de The Handmaid’s Tale, a primeira coisa que me vem à mente é a história de amor entre June e Nick, a química entre eles, o fato de que ele sempre gostou dela e fez tudo o que pôde, desde que estivesse ao seu alcance. Não podemos esquecer que ele era um “ninguém”, que não conseguia manter um emprego, até que teve a oportunidade de estar em Gilead como um agente infiltrado (um “olho”) e motorista. Nick sempre foi o tipo de personagem que nunca teve uma família — ao mesmo tempo em que June era estuprada e sentia falta do amor. Afinal, Gilead tirou tudo dessas pessoas, e por anos June nem sabia se Luke estava vivo ou não.


Acho que Nick começou a se apaixonar por June quando percebeu que ela era diferente — talvez rebelde como ele, inteligente, fofa. Como na maioria das histórias de amor, tudo começa com pessoas que não sabem exatamente o que as fez se apaixonar, mas a maioria de nós se lembra da sensação e de como era bom passar tempo com aquela pessoa. Em Gilead, tocar outra pessoa era errado, ser íntimo era quase um pecado. As aias só existiam para procriar, para serem um receptáculo. A cerimônia era fria e constrangedora. Não era um lugar em que alguém gostaria de estar. E, nesse cenário, havia um motorista bonito e bronzeado, que olhava para você como se você fosse importante, e que genuinamente se interessava pelo que você tinha a dizer. O amor deles era natural.


Vimos Nick ser deixado de lado enquanto June era torturada, estuprada, levada ao Jezebel, e imagino o quanto deve ter doído ver a mulher que você ama presa nas mãos de outro homem. Um homem poderoso, alguém contra quem ele não podia lutar — não naquele momento — sendo apenas um motorista impotente.


Depois da gravidez de June, vimos como Nick ficou aliviado e feliz por finalmente ter uma família e estar em outro lugar, vivendo dias de paz. Mas não em Gilead.


Durante toda a série, vimos June lutando contra Gilead. Ela, sendo apenas uma aia sem poder, não podia fazer muito. E Nick estava ao seu lado, sempre apoiando as decisões dela, falando com outros olhos para garantir uma passagem segura para ela. Durante todos esses anos, ele esteve ali, devoto a ela, porque tudo que vejo em Nick é devoção.


Ele era devoto a ela. O amor de Nick por June era feito de devoção. E, claro, quando falamos de Gilead, temos que lembrar que as pessoas não podiam ser livres — senão, morriam.


E depois de todos esses anos, a vida de Nick mudou drasticamente. Eu nunca pensei nele como um rebelde tentando derrubar o sistema. Nem todo mundo é cheio de coragem como June. Lawrence não era. A maioria dos comandantes apenas se sentava no conforto do poder, bebendo uísque e sustentando a tirania.


Nick era um comandante — não um dos mais altos, mas ainda assim, um.

Gilead é um espetáculo de horror, feito de sangue. E eles disseram muitas vezes que fariam qualquer coisa para sobreviver.


Consigo acreditar que Nick era apenas um comandante fazendo o que comandantes fazem.

Mau momento, e uma bomba.

O que eu não consigo acreditar é num roteiro que diga que um homem devoto mudaria de ideia tão rápido sobre a mulher que jurou amar mais do que a própria vida.


É isso que tenho a dizer sobre o episódio 9.


Até mais!



 
 
 

Commentaires


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square

FOLLOW US:

  • YouTube - White Circle
  • Google+ B&W
  • Facebook B&W
bottom of page